Categoria: Sociologia Artigos |
Aspectos da Produção Cultural Brasileira Comtemporânea |
Versão: PDF Atualização: 15/8/2013 |
Descrição:
PELLEGRINI, Tânia
Definitivamente, hoje não é mais novidade dizer, vivemos num mundo de imagens. Nunca foi tão forte a sensação de déjà vu, de já ter estado num lugar quando lá se chega pela primeira vez. Todas as paisagens parecem-nos visitadas, todas as faces conhecidas, todos os caminhos trilhados, todas as histórias contadas e todos os quadros já vistos: globalmente, tudo se reduz a uma imagem transmitida pela TV ou a um dado disponível no computador. O simples ato de ver um filme ou de assistir à televisão, de observar a forma como s imagens mantêm um domínio absoluto sobre qualquer dado, ou informação vem suscitando interrogações relevantes sobre a representação artística contemporânea. Movimento, visibilidade, simultaneidade de tempos e espaços são características da imagem que, desde o surgimento da fotografia - e, depois, do filme -, começaram a invadir as manifestações artísticas, tais como a pintura, a música, a literatura, enquanto também se apoderavam de muitos dos seus recursos; hoje, no final do século, quando os processos de reprodução e difusão parecem ter atingido o apogeu, novas e instigantes questões se colocam. Partindo do princípio de que, segundo Walter Benjamin, as formas de percepção humana são historicamente determinadas, entre outras coisas, pelos fatos técnicos de sua época, parece lógico pensar que o horizonte técnico contemporâneo, pleno de imagens evanescentes proliferando ad infinitum, não só vem transformando as formas de perceber o mundo como as formas de representá-lo. O elemento mais marcante percorrido pelas modernas técnicas e reprodução, depois do filme, foi o aparecimento da televisão. E já é banal associarem-se seus efeitos à quantificação de informações, à queda de qualidade da produção cultural, à diminuição do hábito de leitura, à banalização a literatura. Seja qual for o grau de verdade dessas afirmações, o que importa reter aqui, por enquanto, é a TV como símbolo de um período específico da vida cultural brasileira, marcado por profundas transformações; a TV como dado mais visível da nossa modernização, fundamento da nossa indústria cultural, ponta-de-lança do nosso ingresso numa cultura que se pretende mundializada. Mas o que realmente simboliza a TV, na intrincada rede de relações entre a percepção do mundo e sua representação artística? É a essa pergunta que tentaremos responder e, para isso, é importante destacar desde logo que, além dos aspectos culturais, envolvem-se nessa rede, como fatores determinantes, coordenadas históricas, econômicas e sociais.
Palavras-chave: Cultura. Walter Benjamin. Televisão.
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822 0 bytes Revista Crítica Marxista http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/bibliotecavirtual.html |
Categoria: Sociologia Artigos |
Afeganistão – outra guerra perdida? |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
RATTNER, Henrique
A demissão do comandante em chefe das tropas americanas e da OTAN – Organização do Tratado de Atlântico Norte - no Afeganistão levanta de novo a questão sobre o possível desfecho do conflito naquele país. Será que a coalizão liderada pelos norte-americanos, que conta atualmente com 100.000 soldados, ainda poderá ganhar esta guerra que se arrasta há mais de nove anos, o mais longo conflito militar travado pelos Estados Unidos em sua História? Mais de 1000 soldados já perderam a vida e 6000 foram feridos, mas o inimigo, o Talibã, está mais ativo, assassinando chefes tribais e intimidando a população civil. Pesquisas feitas nos distritos afetados evidenciam pouco apoio popular ao presidente Hamid Karzai e mais de um terço da população apoiariam os combatentes do Talibã. Pior, ainda, a luta contra o terror parece estimular o recrutamento de mais terroristas entre a juventude islâmica, que acusa os Estados Unidos de lutar contra o Islam, ao apontar o conflito longe de terminado no Iraque, no Afeganistão e o apoio irrestrito a Israel, em sua luta contra o Hamas e o Hezbolah.
Palavras-chave: Não informado.
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785 0 bytes Revista Espaço Acadêmico http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current |
Categoria: Sociologia Artigos |
Reificação e utopia na Cultura de Massa |
Versão: PDF Atualização: 22/3/2012 |
Descrição:
JAMESON, Fredrec
A teoria da cultura de massa - ou cultura da audiência de massa, cultura comercial, cultura "popular", indústria cultural, como é variadamente conhecida - sempre tendia a definir seu objeto em contraposição à assim chamada alta cultura, sem refletir sobre o estatuto objetivo dessa oposição. Com bastante frequência, as posições neste campo reduzem-se a duas imagens especulares, que são essencialmente apresentadas em termos de valor. Assim, o tema familiar do elitismo defende a prioridade da cultura de massa, com base na pura quantidade de pessoas a ela expostas; a busca da alta cultura, ou cultura hermética, é então estigmatizada como um passatempo típico do status de um reduzido grupo de intelectuais. Como sugere seu impulso antiintelectual, esta posição essencialmente negativa tem pouco conteúdo teórico, mas remete claramente a uma convicção com raízes profundas no populismo americano e articula uma ideia amplamente estabelecida de que a alta cultura é um fenômeno do sistema, irredimivelmente marcado por sua associação com as instituições, em particular com a universidade.
Palavras-chave: Não informado
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766 0 bytes Revista Crítica Marxista http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/bibliotecavirtual.html |
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