Categoria: Matemática Artigos |
O que resulta quando se compara a metade maior com a menor? |
Versão: Atualização: 7/6/2013 |
Descrição:
VIANNA, Carlos Roberto.
Para dar uma ideia do tom da revista anarquista El Motim, o cineasta Luis Buñel conta como ela descrevia uma manifestação ocorrida em Madri, durante a qual operários atacaram violentamente padres, ferindo transeuntes e quebrando vitrines: Ontem à tarde, um grupo de operários subia tranquilamente a rua de la Montera, quando viram dois padres descendo a mesma rua do lado oposto. Diante dessa provocação... Assim, decidi escrever este texto ao me sentir provocado pelo artigo Comparação de duas estratégias no ensino de ‘Complementos de Matemática’, de José Mário Martínez e Lucio Tunes dos Santos, publicado no número 9 da Zetetiké. Entretanto, espero não quebrar vidraças nem ferir transeuntes inocentes ao fazer algumas observações críticas. Não farei uma análise do discurso e nem buscarei desvelar a estrutura profunda do texto; não há necessidade de recorrer a tanto. Apenas extraio as minhas observações diretamente das contradições internas da pesquisa em questão. Os autores resolvem intervir em um assunto polêmico: qual será o melhor método de ensino? Eles caracterizam e comparam duas alternativas: de um lado temos o ensino ‘expositivo’ e do outro uma estratégia ‘alternativa’. O modo de estabelecer a comparação é o cerne do artigo: dois professores revezaram-se em duas turmas, aplicando uma estratégia de ensino em cada uma e comparando os resultados obtidos através de recursos estatísticos. A conclusão é que não houve (nem haverá) diferença significativa que resulte da utilização dessas estratégias. Os autores salientam que essa pesquisa e seu resultados são ‘objetivos’. Tenho duas considerações a fazer: 1.É possível considerar que nada foi pesquisado e, portanto, qualquer conclusão poderia ser obtida e seu grau de validade seria o mesmo: nenhum. 2. Mesmo aceitando as premissas de que parte a pesquisa, o seu resultado seria inteiramente questionável, uma vez que é possível mostrar o comprometimento do critério intrínseco de ‘objetividade’. Abordarei cada aspecto separadamente, deixando para o final alguns comentários gerais.
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Categoria: Matemática Artigos |
História Oral e Educação Matemática: proposta metodológica, exercício de pesquisa |
Versão: Atualização: 29/4/2012 |
Descrição:
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti.
O ensaio no qual se inscreveu primeiramente este texto(1) foi propositalmente pensado e desenvolvido de forma a ressaltar, caoticamente, a organicidade e estabilidade no – também defendido como caótico – movimento de pesquisa. Assim, os procedimentos metodológicos que lhe dão sustentação, radicados na História Oral, não são totalmente casuais ou empregados de modo inédito. Para coletar os depoimentos e configurá-los numa forma julgada adequada ao trabalho de pesquisa, seguimos as indicações bibliográficas que nos foram surgindo e, mais importante do que esse arsenal bibliográfico básico, foi nossa proximidade com os projetos (finalizados ou em andamento) dos integrantes do Grupo de Pesquisa “História Oral e Educação Matemática”. Assim, a terceira pessoa do plural que usamos no decorrer de todo esse estudo não é uma humildade disfarçada (o nós descentralizando o eu) nem um exercício de diluição de responsabilidades. Trata-se de ressaltar que as elaborações aqui registradas são apropriações de esforços vários, de um coletivo de pesquisadores que com seus trabalhos têm contribuído para inscrever a História Oral como método de pesquisa adequado, importante e produtivo para a Educação Matemática.
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Categoria: Matemática Artigos |
A tessitura da trama: memória, História, oralidade, pesquisa qualitativa e Educação Matemática |
Versão: Atualização: 9/5/2012 |
Descrição:
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti
A intenção dessa proposta radica-se em um histórico de pesquisa que sistematicamente vem investigando a formação do professor de Matemática em suas várias faces. Em Educação Matemática, como sabemos, são plurais as possibilidades de temas e enfoques. Nessa pluralidade optamos por tematizar a formação do educador matemático (cf. Garnica, 1997) e, dentro deste tema, procuramos iniciar vários focos de investigação. Assim, analisamos a possibilidade de tratamento aos textos didáticos de Matemática usados em cursos de Licenciatura propondo formas de viabilizar esse tratamento em salas de aula reais (cf. Garnica, 1992, 1993 e 1994). A questão da linguagem matemática em sua vinculação com a língua materna aparece, já nesse trabalho, como elemento essencial para compreensões sobre o ensino e a aprendizagem, exigindo aprofundamento. Dessa maneira, em trabalho posterior (cf. Garnica, 1995, 1996, 1996) focamos a formalização da linguagem matemática e sua importância para a formação do professor. As provas rigorosas ou demonstrações formais nos deram, então, o eixo da ação. Entendendo, porém, que as manifestações discursivas na sala de aula de Matemática não se reduzem às instâncias formais de argumentação, optamos, em consequência disso, por focar também as argumentações naturais e semi - formais – ou etno-argumentações, como as chamamos – de futuros professores quando em contato com os objetos matemáticos (cf. GARNICA, 2000a e 2000b).
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Categoria: Matemática Artigos |
Prática de ensino e estágio supervisionado na formação do professor de matemática |
Versão: pdf Atualização: 7/6/2013 |
Descrição:
Revemat - Revista Eletrônica de Educação Matemática. V4.6, p.67-77, UFSC: 2009
GAERTNER, Rosinete e OECHSLER, Vanessa
O artigo apresenta a trajetória histórica da prática de ensino e estágio supervisionado na legislação da educação brasileira. Busca ainda compreender as mudanças ocorridas no currículo e no papel da prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores de Matemática nos últimos quarenta anos, tendo por base a análise das atividades de estágio no curso de Matemática da Universidade Regional de Blumenau, criado em 1968. Para isso, destaca fatos históricos e aspectos legais relativos à prática de ensino e a realização de estágio, apresenta e interpreta os dados da investigação de campo, concluindo ser fundamental a conexão entre teoria e prática, ação e reflexão na formação inicial do educador.
Palavras-chave: Prática de Ensino. Estágio. Legislação. Formação de Professores. Matemática.
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