Categoria: História Artigos |
João Goulart - 30 anos de Silêncio |
Versão: PDF Atualização: 26/9/2013 |
Descrição:
TORRES, Pedro Henrique
O Caderno B do Jornal do Brasil do dia 10 de setembro de 1976 anunciava em letras garrafais: MAO – Poeta, Guerreiro e Líder1. A matéria que preenche todo o caderno traz uma enorme veneração ao líder comunista chinês Mao Tse Tung. Os crimes cometidos em nome da revolução chinesa ou da revolução cultural ainda não tinham vindo a público. Exaltar Mao Tse Tung e tudo que representava a revolução chinesa para o Ocidente na década de 60/70 pareciam uma provocação contra a ditadura militar brasileira. Passados trinta anos, nenhum dos grandes jornais brasileiros fizeram questão de lembrar, ou de nos lembrar, do trigésimo aniversário da morte do líder chinês. A China já não é mais a mesma. Acredito que no momento de excepcional crescimento econômico, nem os próprios chineses fizeram muita festa pela memória de Mao. Nossos jornais, impresso ou televisivo, ao contrário, passaram os três dias que antecederam o dia 11 de setembro, relembrando a queda das torres gêmeas do World Trade Center em Nova York no ano 2001. O que era mais interessante para os meios de comunicação? Nos fazer lembrar a China maoísta ou a queda das torres em Nova York? A memória é objeto de disputa, representa interesses políticos, econômicos e culturais. Por isso, tivemos três dias de "Atentado em NY". Essa pequena introdução pode parecer bem distante do título de meu trabalho: João Goulart - 30 anos de Silêncio. Mas não é. Exatamente no mesmo ano: 1976, dois ex- presidentes do Brasil morreram – Juscelino Kubitschek e João Goulart. Juscelino que vislumbrava a possibilidade de voltar à presidência em uma possível eleição de 1965, fora humilhado pelos militares em constantes interrogatórios. Jango, apelido de infância do presidente Goulart, jamais retornaria ao país que deixará em 1964.
Palavras-chave: Imprensa. João Goulart. Ditadura militar.
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3356 0 bytes Revista História Agora http://www.historiagora.com/hist%C3%B3ria-agora-n%C2%BA1/5/11-joao-goulart-30-anos-de-silencio-pedro |
Categoria: História Artigos |
História e música: canção popular e conhecimento histórico |
Versão: PDF Atualização: 26/9/2013 |
Descrição:
MORAES, José Geraldo Vinci de
Esse trabalho procura levantar e discutir algumas questões teóricas e metodológicas que surgem das relações entre História, música e a canção popular. As transformações teóricas, as novas concepções de material documental e a prática renovada do historiador determinaram a incorporação de novas linguagens pela História. Seguindo nessa trilha, o artigo pretende justamente mostrar, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, como as relações entre história, cultura e música popular podem desvendar processos pouco conhecidos e raramente levantados pela historiografia. Para alcançar esse objetivo é necessário ultrapassar a tradicional concepção de história da música e, para isso, tenta-se refletir e organizar alguns elementos para compreender melhor as múltiplas relações entre a canção e o conhecimento histórico. A discussão aponta para a possibilidade e, principalmente, a viabilidade do historiador tratar a música e a canção popular como uma fonte documental importante para mapear e desvendar zonas obscuras da história, sobretudo aquelas relacionadas com os setores subalternos e populares.
Palavras-Chave: História Cultural. Cultura Popular. Música/Canção Popular.
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1050 0 bytes Revista Brasileira de História - USP http://www5.usp.br/servicos/revista-brasileira-de-historia/ |
Categoria: História Artigos |
Dimensão utópica nas representações sobre o ensino de história: memória de professores |
Versão: PDF Atualização: 25/9/2013 |
Descrição:
ALMEIDA NETO, Antonio S. de
Esse artigo trata das representações de professores de História acerca da dimensão utópica em sua disciplina, ou seja, a maneira como representam certa concepção prospectiva ao lecionarem uma disciplina escolar que lida com o passado. Consideramos que a educação tem como pressuposto uma visão projetiva, uma vez que supõe uma perspectiva de homem, sociedade e mundo no ato educativo, e o ensino de História, mais especificamente, por ser uma disciplina que lida com as transformações temporais e com temas eminentemente políticos e sociais, inserindo o homem neste processo. Situamos a discussão atual acerca do tema no ensino de História, inserido no debate da crise da modernidade e postulados pós modernistas, a oscilar entre uma postura de pensar a disciplina como inexorável instrumento de transformação sócio-política ou vã ilusão prospectiva. Visando uma melhor compreensão da questão proposta, valemo-nos da análise de relatos orais obtidos através de entrevistas com professores da disciplina, que lecionaram nos anos de 1960/70 e 1980/90, tendo por perspectiva a teoria crítica das representações de Henri Lefebvre e o debate sobre memória e história oral.
Palavras-chave: Ensino de História. Utopia. Representação. Memória. História oral.
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621 0 bytes Educação & Sociedade - Unicamp http://www.cedes.unicamp.br/ |
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