Categoria: História Artigos |
Ações afirmativas no Brasil e na África do Sul |
Versão: PDF Atualização: 25/9/2013 |
Descrição:
SILVA, Graziella Moraes Dias da
Ao longo do século XX, o Brasil e a África do Sul implementaram políticas completamente diferentes, senão opostas, na definição e no tratamento das relações raciais. Enquanto no Brasil evitou-se o estabelecimento de qualquer tipo de classificação racial formal desde o final da escravidão em 1888, na África do Sul um regime de segregação estruturado foi mantido até 1990. O conceito de raça tem significados muito diferentes em cada um desses contextos: no Brasil, as fronteiras raciais são imprecisas, a segregação racial residencial é baixa e o casamento inter-racial é comum; na África do Sul, as fronteiras raciais são mais rígidas, a segregação racial residencial é alta e o casamento interracial é muito raro. O paradoxo empírico que este artigo tenta elucidar é como e por que países com históricos tão díspares de relações raciais adotaram, no início do século XXI, políticas semelhantes para lidar com as desigualdades étnicas e raciais: ações afirmativas.
Palavras-chave: Ações afirmativas. África do Sul. Brasil. Raça.
|
604 0 bytes Revista Tempo Social - USP http://www.fflch.usp.br/sociologia/temposocial/site/ |
Categoria: História Artigos |
Uma nova política exterior depois do apartheid? |
Versão: PDF Atualização: 30/9/2013 |
Descrição:
DÖPCKE, Wolfgang
A partir de 1989, o subcontinente sul-africano, até então uma das principais regiões mundiais de conflito, passou por um processo de mudanças que o transformou em uma zona de paz entre os Estados. Com a exceção da guerra civil em Angola, todas as principais ameaças à segurança regional haviam sido eliminadas, e, consequentemente, a região começou a gozar de uma situação de segurança interestatal desconhecida há mais de uma geração. Esta transformação em um ambiente regional mais pacífico se deu passo a passo. Começou com a retirada das tropas sul-africanas de Angola e a solução do conflito sobre a Namíbia em 1988, seguida pelas eleições livres e pela independência deste país em 1990. Ao mesmo tempo, a África do Sul iniciou um processo de redefinição de sua política regional, despedindo-se efetivamente da desestabilização e da política das guerras não-declaradas contra os seus vizinhos, que tanto caracterizaram a Total National Strategy dos anos 80. A partir de 1990, a própria África do Sul realizou um processo de reformas internas, chegando a extinguir o regime do apartheid, acompanhado por um profundo realinhamento da inserção regional e mundial do país. Já em 1993, foram eliminadas quase todas as sanções contra o antigo paria da comunidade internacional.
Palavras-chave: Apartheid. África do Sul. Brasil. Raça.
|
585 0 bytes Revista Brasileira de Política Internacional http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-7329&lng=en&nrm=iso |
Categoria: História Artigos |
O processo de planejamento e o sistema político brasileiro nos anos JK |
Versão: PDF Atualização: 27/9/2013 |
Descrição:
NOLLI, Joana D’Arc M.
Os anos de 1950 entraram na memória popular e política como uma década de transformações econômicas, ideológicas, políticas e culturais aceleradas. JK, o presidente com “capacidade de produzir esperança e de transformá-la em recurso de poder político”, ficou marcado pela ousadia de suas realizações, pela sua cativante e sedutora personalidade, e, especialmente, como o presidente que mobilizou a sociedade brasileira em torno da construção de um país moderno, pois, se antes se falava em “fomentar o desenvolvimento”, com JK a proposta desenvolvimentista ganhou fôlego. Na memória coletiva esse período se consagrou e passou a ser denominado de os anos dourados.
Palavras-chave: Sistema Político. JK. Modernidade. Desenvolvimentismo.
|
6874 0 bytes ANPUH http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.1292.pdf |
Categoria: História Artigos |
Uma Geração em debate: Beats ou Beatniks? |
Versão: PDF Atualização: 30/9/2013 |
Descrição:
ALMEIDA, Marcos Abreu Leitão de
O presente artigo tem como objetivo entender de que forma a Geração Beat foi recepcionada pela sociedade americana da década de 1950, e como seus membros, por sua vez, reagiram a esta recepção. Entendemos que o melhor percurso para alcançar tal objetivo seria o de recuperar o amplo debate nos principais periódicos americanos que tinha como questão premente entender o que era ser beat. Ao efetuar tal operação, resgataremos os dilemas, intenções, e preocupações de homens que viveram nos Estados Unidos no fim da década de 50 adentrando, ao menos um pouco, no seu universo mental, além de re-inserir a Geração Beat em seu contexto de produção. É notável a quantidade de produções, acadêmicas ou não, que afirmam que a Geração Beat é a origem da contracultura dos anos 60. Ainda que não se possa negar que os Beats influenciaram muito a contracultura – a ponto de Ginsberg afirmar que as letras de Bob Dylan eram a certeza de que a "tocha" havia sido passada -, também é inegável que o ídolo das origens é o canto das sereias de todo historiador e deve ser evitado, pois o leva frequentemente ao anacronismo. Quando os livros dos escritores Beats foram lançados na segunda metade da década de 1950, nos Estados Unidos, seus autores encontraram em setores consideráveis da sociedade americana um público hostil. Classificados como subliteratura, com poemas censurados, e extremamente criticados nos principais jornais americanos, alguns membros da Geração Beat tentaram se defender. Disso resultou um amplo debate que recheou diversas páginas dos impressos americanos, entre 1957 (ano do lançamento de On the Road) e 1960, sobre o que era a Geração Beat. Tais debates envolviam jornalistas, escritores, críticos literários, e até psiquiatras e políticos, além dos próprios beats.
Palavras-chave: Geração Beat. Década de 50. Arte. Cultura.
|
4003 0 bytes |
Categoria: História Artigos |
Negras memórias: o imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão |
Versão: PDF Atualização: 27/9/2013 |
Descrição:
ARAÚJO, Emanoel Rever a questão que se propõe nesta exposição. A memória negra no Brasil, a memória do negro no Brasil. Negras memórias, em primeiro lugar, memórias do estigma que alimenta o preconceito, tendo como principal motivo o legado do cativeiro. Do estigma que é motivo de longos e permanentes discursos de bem-intencionada denúncia e de tantos estudos acadêmicos sobre a escravidão, por certo importantes achegas a essa arqueologia que, aos poucos, vai descortinando um passado duro, sofrido, dolorido, que deixou chagas ainda não de todo fechadas, no confronto com a impunidade de tanta barbárie perpetrada contra uma raça humana.
Palavras-chave: Escravidão. Memória. Preconceito. Estudos acadêmicos.
|
536 0 bytes Estudos Avançados - USP http://www5.usp.br/servicos/revista-estudos-avancados/ |
Categoria: História Artigos |
A Ditadura Militar e a proletarização dos professores |
Versão: PDF Atualização: 23/9/2013 |
Descrição:
BITTAR, Marisa; FERREIRA JÚNIOR, Amarilio
Este artigo aborda as transformações ocorridas no magistério durante o regime militar (1964-1985), mostrando que a sua origem deixou de ser exclusivamente as classes médias urbanas e frações das elites, passando a constituir-se também das camadas populares. Ocorreu, assim, um processo de mobilidade tanto ascendente quanto descendente, pois os que tinham origem nos “de cima” se proletarizaram enquanto os de origem popular ascenderam a uma profissão da classe média. A nova categoria, formada por essas duas frações, foi submetida a condições de vida e de trabalho determinadas pelo arrocho salarial. Analisamos este fenômeno tomando por base a Confederação dos Professores Primários do Brasil, que, por força das reformas educacionais da ditadura, cresceu numericamente e se transformou na Confederação dos Professores do Brasil. A profissão, em decorrência dessa rápida e profunda transformação, passou a sofrer uma crise de identidade – a meio caminho da proletarização e do exercício intelectual.
Palavras-chave: Ditadura militar. Professores. Sindicalismo.
|
679 0 bytes Educação & Sociedade - Unicamp http://www.cedes.unicamp.br/rev_apresentacao.htm |
Categoria: História Artigos |
Anos de chumbo ou anos de ouro? A memória social sobre o governo Médici |
Versão: PDF Atualização: 25/9/2013 |
Descrição:
CORDEIRO, Janaina M.
As imagens de integração nacional, comemorações, vitórias e modernização presentes no trecho da matéria publicada na revista O Cruzeiro, em setembro de 1971 não eram raras na imprensa durante o período da ditadura civil-militar. Sobretudo, não eram raras durante o governo do general-presidente Emilio Garrastazu Médici. Já no discurso de posse do presidente Médici, podemos observar as tentativas de fazer da "Revolução de 1964", e particularmente de seu governo, o marco de um novo tempo: "Homem de meu tempo, tenho fé em que possamos, no prazo médio de meu governo, preparar as bases de lançamento de nossa verdadeira posição no ano 2000". Assim, o governo do terceiro general-presidente tratava de estabelecer as pontes entre o presente e o futuro, fazendo da "Revolução" a ponte entre os dois.
Palavras-chave: Ditadura militar. Anos de chumbo. Revolução de 1964. Imprensa.
|
483 0 bytes Revista Estudos Históricos - FGV http://cpdoc.fgv.br/revista |
|