Categoria: História Artigos |
A música popular brasileira (MPB) dos anos 70: resistência política e consumo cultural |
Versão: PDF Atualização: 25/9/2013 |
Descrição:
NAPOLITANO, Marcos
Após o Ato Institucional no5, instrumento legal promulgado em fins de 1968 que aprofundou o caráter repressivo do Regime Militar brasileiro implantado quatro anos antes, houve um corte abrupto das experiências musicais ocorridas no Brasil ao longo dos anos 60. Na medida em que boa parte da vida musical brasileira, naquela década, estava lastreada num intenso debate político-ideológico, o recrudescimento da repressão e a censura prévia interferiram de maneira dramática e decisiva na produção e no consumo de canções. A partir de então, os movimentos, artistas e eventos musicais e culturais situados entre os marcos da Bossa Nova (1959) e do Tropicalismo (1968) foram idealizados e percebidos como a balizas de um ciclo de renovação musical radical que, ao que tudo indicava, havia se encerrado. Ao longo deste ciclo, surgiu e se consagrou a expressão Música Popular Brasileira (MPB), sigla que sintetizava a busca de uma nova canção que expressasse o Brasil como projeto de nação idealizado por uma cultura política influenciada pela ideologia nacional-popular e pelo ciclo de desenvolvimento industrial, impulsionado a partir dos anos 50.
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Categoria: História Artigos |
Poéticas políticas: as artes plásticas entre o golpe de 64 e o AI-5 |
Versão: PDF Atualização: 27/9/2013 |
Descrição:
FREITAS, Artur
Os anos 60, especialmente depois do golpe militar de 1964, marcam um momento de grande radicalização política nos discursos artísticos. Após uma década de considerável hegemonia do projeto construtivo, o ressurgimento da figuração, num primeiro momento, e a posterior influência das neovanguardas internacionais, levariam alguns artistas brasileiros a abrirem espaço, em suas produções, às efervescentes questões sociais e políticas nacionais. Assim sendo, e tendo em vista a inserção estético-ideológica das artes plásticas entre o golpe de 64 e o Ato Institucional número 5, este artigo propõe-se, em linhas gerais, a fazer um levantamento sumário de alguns dos aspectos estéticos, políticos e institucionais mais relevantes da história da arte no Brasil daqueles anos. Quanto aos aspectos institucionais, como se dirá, esse período corresponde a um momento inicial dentro do processo de reestruturação econômica e de fomento do mercado brasileiro de bens simbólicos, fenômeno este que terá seu auge, pouco depois, no “milagre brasileiro”. No que toca aos aspectos políticos, a repressão e a censura presentes desde os primeiros governos militares acabam de certo modo por incentivar os mais diversos tipos de contestação dentro dos meios culturais em geral e do artístico em particular. E, finalmente, no que toca aos aspectos estéticos, um certo posicionamento ideológico – tanto frente à institucionalização da cultura quanto frente ao autoritarismo de um regime opressor – surge reelaborado poeticamente sob a forma de linguagem, criando uma espécie de fusão entre todos esses aspectos conjunturais, ao que sugiro a noção de religação, que aqui surge como viés de interpretação.
Palavras-chave: Arte e política. Vanguarda. História da arte no Brasil.
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940 0 bytes História: Questões & Debates - UFPR http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/historia |
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