Categoria: Filosofia Artigos |
Republicanismo e direitos humanos |
Versão: PDF Atualização: 26/4/2013 |
Descrição:
TOSI, Giuseppe
O ensaio aborda a definição e a relação entre duas concepções políticas do Estado: o Estado de Direito da tradição política liberal, que nasce no âmbito da filosofia política do jusnaturalismo moderno, e a concepção hegeliana da eticidade do Estado que irá influenciar as alternativas de direita e de esquerda ao Estado liberal nos séculos XIX e XX. Liberdade e igualdade, democracia política e democracia social, liberalismo e socialismo são os polos temáticos centrais deste debate. Com o fim do nazismo após a Segunda Guerra Mundial e do comunismo após a queda do muro de Berlim em 1989, o Estado de Direito aparece como a teoria política hegemônica e dominante da época contemporânea. No entanto, o reaparecimento, sobretudo no mundo anglo-saxônico, do debate entre libertarians e communitarians mostra que as questões do debate anterior ainda não foram resolvidas e que elas reaparecem, embora em contextos e com significados diferentes, em toda a sua complexidade e dramaticidade. O ensaio procura definir, com a linguagem dos direitos humanos, algumas dessas questões cruciais para a teoria política contemporânea e apontar propostas para a construção de uma ética e de uma política “republicana”.
Palavras-chave: Liberalismo. Socialismo. Democracia. Estado de direito. Estado ético.
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728 0 bytes Revista Filosofia Unisinos http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/filosofia/index.php?option=com_content&task=view&id=7 |
Categoria: Filosofia Artigos |
Teoria crítica e barbárie. O futuro da sociedade administrada |
Versão: PDF Atualização: 26/4/2013 |
Descrição:
MAGALHÃES, Fernando
No final do século XVIII, Jeremy Bentham, na sua célebre obra O pan-óptico, propõe um sistema de vigilância para as casas de correção que poderia ser estendido a qualquer estabelecimento (instituições, em geral) sem exceção. Se levarmos em consideração a denúncia do filósofo Iztvan Mészáros de que a Microsoft dispõe de mecanismos para controlar todo e qualquer programa através de um dispositivo de acesso a partir da própria empresa, chegamos à conclusão de que a proposta de Bentham, também projetada criticamente por Orwell na primeira metade do século XX, instalou-se entre nós. Câmeras vigiam nossos movimentos, seguem nossos passos, vigiam nossa intimidade – até mesmo no isolamento dos caixas eletrônicos. Essa sociedade controlada, no entanto, não se resume apenas aos aspectos visíveis desse controle. A administração da vida e das coisas, na sociedade capitalista tardia, exerce um controle sobre os indivíduos a partir de uma categoria filosófica muito cara aos intelectuais do Ocidente: o Iluminismo (ou Esclarecimento). A ideia de que o conhecimento e, portanto, a ciência, libertariam o homem das trevas da ignorância e da superstição sempre foi uma crença de filósofos e sociólogos ocidentais. Contudo, essa ciência, e mais precisamente a sua forma avançada – a tecnologia – transformou o projeto emancipador em nova prisão, onde um controle invisível – tanto político quanto econômico (veja-se, por exemplo, a ideologia e o mercado) – acabou por transformar a civilização em barbárie. O objetivo deste trabalho é promover uma análise da presente situação, utilizando o instrumental oferecido pela Teoria Crítica – que faz uma investigação dessa sociedade totalmente administrada – e apontar as vantagens e os limites de uma sociedade em que a “administração” generalizou-se para todo o planeta, com a globalização, inclusive estendendo seus tentáculos para regiões periféricas de forma perversa.
Palavras-chave: Barbárie. Teoria Crítica. Sociedade administrada. Práxis. Esclarecimento.
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697 0 bytes Revista Filosofia Unisinos http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/filosofia/index.php?option=com_content&task=view&id=7 |
Categoria: Filosofia Artigos |
Teoria do Conhecimento |
Versão: PDF Atualização: 26/4/2013 |
Descrição:
CHRISHOLM, Roderick
A reflexão sobre a natureza do nosso conhecimento dá origem a uma série de desconcertantes problemas filosóficos, que constituem o assunto da teoria do conhecimento, ou Epistemologia. A maior parte desses problemas foi debatida pelos gregos antigos e, ainda hoje, a concordância é escassa sobre a maneira como deveriam ser resolvidos ou, no caso de tal não ser possível, abandonados. Descrevendo os temas dos sete capítulos que se seguem, poderemos dar a entender, de modo geral, a natureza desses problemas.
Palavras-chave: Teoria do Conhecimento. Epistemologia. Roderick Chisholm. Razão.
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Categoria: Filosofia Artigos |
Por que uma ética do futuro precisa de uma fundamentação ontológica segundo Hans Jonas |
Versão: PDF Atualização: 29/5/2013 |
Descrição:
OLIVEIRA, Jelson Roberto de
O objetivo deste artigo é investigar quais são as bases ontológicas da ética do futuro, tendo como <e>leitmotiv</em> o conceito de reciprocidade ou, sendo mais preciso, justamente a sua prescindibilidade no âmbito ético, a qual repercute como necessidade ontológica de fundamentação. Partiremos de uma análise do próprio conceito de “ética do futuro” para, explicitar, na sequência, por que, com Jonas, o futuro se torna objeto ético e como ele exige a prescindibilidade da reciprocidade. A partir daí, pretendemos mostrar que a fundamentação ontológica da ética é o caminho de solução para o problema da ausência de reciprocidade e de que modo ela se constitui como crítica àquilo que Jonas chama de dois dogmas da filosofia: “nenhuma verdade metafísica” e “nenhum caminho do é para o deve” (PR, p. 95). Por isso, finalmente, tentaremos mostrar que é contra esses dogmas que se ergue a proposta jonasiana, fundamentada numa metafísica racional que nada mais é do que uma ontologia biológica.
Palavras-chave: Futuro. Responsabilidade. Hans Jonas. Ontologia. Ética.
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3227 0 bytes Revista de Filosofia Aurora http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=412 |
Categoria: Filosofia Artigos |
Heidegger: a vida como possibilidade e mistério |
Versão: PDF Atualização: 29/5/2013 |
Descrição:
REIS, Róbson Ramos dos
O objetivo deste artigo é identificar uma estrutura fundamental, resultante da ontologia da vida orgânica esboçada por Heidegger nos Conceitos Fundamentais da Metafísica, que pode ser designada como “o mistério na vida”. Na primeira parte do texto destaco alguns elementos gerais da hermenêutica da vida. Na segunda, reconstruo a interpretação ontológica dos organismos animais que conduz ao conceito de aptidão, cuja determinação ontológica é que faz necessária a introdução de uma classe especial de possibilidade: o ser-possível como ser-apto. Na terceira parte, apresento a caracterização heideggeriana das aptidões como envolvimentos em comportamentos estruturados pela perturbação cativada (Benommenheit), ressaltando como a perturbação impede que aos comportamentos possa ser atribuída a estrutura do algo enquanto algo, implicando que os organismos estão abertos a algo que não se lhes apresenta como aberto. Considerando a relacionalidade intrínseca aos organismos, essa limitação implica a impossibilidade de determinar completamente a essência da vida. Portanto, argumento na última parte, a ontologia da vida elaborada por Heidegger não apenas exige um tipo especial de possibilidade para conceitualizar o ser apto orgânico, mas também resulta no reconhecimento de um mistério na vida.
Palavras-chave: Heidegger. Vida. Possibilidade. Aptidão. Intencionalidade.
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1873 0 bytes Revista de Filosofia Aurora http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=412 |
Categoria: Filosofia Artigos |
Corpos. Uma anatomia política na Idade da Biotécnica |
Versão: PDF Atualização: 29/5/2013 |
Descrição:
PECORARO, Rossano
Este artigo é dedicado ao exame filosófico das dinâmicas do poder (político, jurídico, médico--científico) sobre a vida e os corpos na Idade da Biotécnica, no nosso mundo, no horizonte da cultura contemporânea. O nosso texto se articulará em torno de três eixos, a saber, a reconstrução genealógica dos elementos principais do “conceito” de biopolítica; as “relações” entre bíos e vontade de potência; a “técnica dos corpos” e a “política dos corpos”. Essencial, para o desdobramento e a fundamentação teorética do nosso discurso, será o diálogo e confronto com uma série de autores contemporâneos, in primis Friedrich Nietzsche, Michel Foucault, Jean-Luc Nancy, Roberto Esposito.
Palavras-chave: Estatização dos corpos. Biopolítica. Biotécnica. Eugenia. Filosofia contemporânea.
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1467 0 bytes Revista de Filosofia Aurora http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=412 |
Categoria: Filosofia Artigos |
O método dialético e a análise do real |
Versão: PDF Atualização: 28/6/2013 |
Descrição:
ZAGO, Luis Henrique
Ao evidenciar que as relações estabelecidas por homens e mulheres com o meio concreto engendram o real, a dialética torna exequível a revolução do status quo por possibilitar a compreensão de que o mundo é sempre resultado da práxis humana, seja ela marcada por relações de dominação que reificam e fetichizam a prática social, seja marcada por relações que operam a humanização dos homens e mulheres. Ao romper com os fetiches, ou seja, ao perceber que os objetos não devem sujeitá-los, homens e mulheres avançam de encontro à reificação, alçando-se a possibilidade de revolucionar suas condições de existência. Assim, o rompimento da pseudoconcreticidade ocorre no momento em que se evidencia que a realidade social se concretiza por meio das condições de produção e reprodução da existência social das pessoas, que é em nossa sociedade marcada pela luta de classes. Este processo de rompimento exige um esforço construtor de uma interpretação do real que vá para além de uma representação caótica do todo, típico das vivências cotidianas. Este artigo postula que o método materialista histórico dialético pode auxiliar neste processo. Partindo desta constatação, elabora-se reflexão sobre este método de análise do real.
Palavras-chave: Dialética. Pseudoconcreticidade. Realidade. Ciência
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689 0 bytes Kriterion http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0100-512X2013000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |
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