Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
Bases epistemológicas para a elaboração de um dicionário de lingüística da enunciação |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
CREMONESE,Lia Emília Este trabalho tem dois objetivos. O primeiro é investigar epistemologicamente o campo da Lingüística da Enunciação, verificando em que termos é possível afirmar sua existência. Para isso, buscam-se os seus elementos, as suas fronteiras, a sua situação no Brasil e como esse panorama se formou. O segundo objetivo é fazer uma descrição dos elementos do Dicionário de Lingüística da Enunciação e, a partir da análise de alguns desses itens, verificar como o campo está caracterizado em tal dicionário. Conclui-se que o sintagma “Lingüística da Enunciação” pode ser usado para denominar: 1) um campo heterogêneo que reúne teorias que têm em comum produzir um quadro figurativo do objeto “enunciação”, inserindo o sujeito na linguagem; 2) cada uma das teorias enunciativas isoladamente. A partir da descrição e da análise do plano do dicionário, constata-se que os autores e os verbetes polissêmicos poderiam ser apresentados no dicionário de uma maneira mais próxima à área, e que, embora a árvore de domínio não consiga dar conta das especificidades de um campo – em especial, da Lingüística da Enunciação –, ela é válida como forma de pensar o campo e de guiar a equipe que elabora o desenho da obra terminográfica e os verbetes. Palavras-chave: Lingüística da Enunciação; Epistemologia da Enunciação; Dicionário de Lingüística da Enunciação.
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921 0 bytes http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
Como lidar com os neologismos no texto jornalístico |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
PERUZZO,Marinella Stefani
Este trabalho parte da idéia de que os neologismos recebem, nos dicionários e manuais de redação jornalística, um tratamento assistemático, desprovido de rigor e critérios para que os jornalistas (e pessoas em geral) os reconheçam como tais e saibam lidar convenientemente com eles. A partir da elaboração de uma taxonomia própria, identificamos diferentes tipos de neologismos e constatamos que eles são um fenômeno natural na língua, que permite a sua subsistência e continuidade. Porém, ainda que naturais e necessários, os neologismos costumam ser “incômodos”: nos manuais de redação, são logo considerados “incorretos” ou “inexistentes”, embora a própria menção que se faz a eles ateste sua existência. Após o exame dos conceitos de correção e incorreção na língua, propomos, com o apoio de Rabanales (1984), a substituição dos termos “correto/incorreto” e “existente/inexistente”, que, geralmente, caracterizam-nos, por “necessário/desnecessário”, “culto/inculto”, “formal/informal”, “exato/inexato” e “genuíno/falso”, de acordo com os tipos de neologismos que identificamos.
Palavras-chave: Neologismo. Lexicografia. Dicionário. Redação jornalística. Manuais de redação jornalística.
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1643 0 bytes http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
Chăo partido: conceitos de espaços nos romances "O quinze", de Rachel Queiroz e "A bagaceira", |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
HAIDUKE, Alessandro Andrade
Esta investigação refere-se a dois romances regionalistas sobre o “Nordeste” brasileiro: "A bagaceira" (1928), de José Américo de Almeida e "O quinze" (1931), de Rachel de Queiroz. Tenta apontar a geograficidade destes romances diante das concepções epistemológicas da geográfia e estuda o espaço geográfico através de dois níveis de análise. O primeiro é composto pela trama e pelas espacialidades que se estruturam dentro da obra literária e o segundo refere-se ao contexto da obra em seus aspectos sociais, políticos e históricos. Assim, os dois romances estão inseridos na tradição literária do “regionalismo” brasileiro que surgiu na década de 30 no Brasil e utilizou como temática a luta do homem frente ao semiárido no Nordeste. Fundamentado nas concepções geográficas do crítico literário Mikhael Bakhtin, principalmente a exotopia e o cronotopo, estudam-se as técnicas específicas com as quais os autores criam, investigam e reproduzem as respectivas espacialidades nos romances. Ambos os romances mostram as rupturas entre o elemento tradicional e o mundo moderno através de dois cronotopos de alienação (caminho de fuga) e de individualização (solidão das protagonistas). Utilizam, para estes fins, vários modelos de exotopia: o protagonista frente ao Nordeste popular, os autores da elite frente à população rural, a literatura frente aos fatos sociais e científicos. Destaca-se que, apesar de seu conservadorismo, o regionalismo do Nordeste se desenvolveu técnicas de pesquisa iniciando uma autóctona geografia brasileira nessa região, com métodos que reaparecem atualmente de outras formas na nova geografia cultural.
Palavras-chave: Espaço geográfico. Literatura. Nordeste. Rachel de Queiroz. José Américo de Almeida.
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3082 0 bytes UFPR http://dspace.c3.ufpr.br/ |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
Conceito de Gêneros e Análises de Textos de Vídeos Institucionais |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
JUNIOR, Orlando Vian
Este estudo, parte do Projeto DIRECT (LAEL-PUC/SP), tem como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa em análise do discurso em contextos profissionais, mais especificamente em análise de gênero. O objetivo principal desta pesquisa é verificar como os textos se estruturam em estágios para transmitir significados. A pesquisa, dessa forma, teve dois momentos distintos. No primeiro momento, traçou-se uma visão geral do conceito de gênero tal como é empregado na área da Linguística Aplicada a partir de uma visão diacrônica, analisando-se as várias perspectivas assumidas por diferentes teóricos. Assim, os autores foram agrupados em três categorias: analistas de gênero (Swales, Bhatia, Dudley-Evans), analistas críticos (Bakhtin, Todorov,Bronckart, Kress, Fairclough) e sistemicistas (Hasan, Martin, Ventola, Eggins, Leckie-Tarry). No segundo momento, com base no conceito de propaganda institucional (Pinho, 1980) e de legitimação (Tereza Halliday, 1987), foram analisados textos de vídeos institucionais de quatro empresas multinacionais que atuam no Brasil. Esses vídeos têm como finalidade apresentar a empresa aos novos funcionários ou aos clientes em potencial. A proposta de Hasan (1989) foi o ponto de partida de análise, tendo em vista que leva em conta não só os elementos estruturais dos textos, mas também os reflexos dos contextos social e cultural nos quais os textos são produzidos. Foi adotada, portanto, uma perspectiva sistemicista.
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12340 0 bytes http://www.pucsp.br/pos/lael/lael-inf/def_teses.html |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
Da “Falta do Dizer" ao “Dizer da Falta": Reflexão sobre a produção de Sentidos na Poesia de Ana Cri |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
BRUM, Janaina Cardoso
O discurso poético é visto constantemente como lugar privilegiado de reflexão sobre a linguagem, não sendo poucos(as) os(as) poetas que colocam a preocupação com os modos de significar como tema central de suas obras. O trabalho com a linguagem, nesse espaço, gera inquietações várias em torno das relações entre a linguagem e os objetos do mundo. A correspondência entre palavra e coisa é frequentemente questionada e, mais do que uma inquietação sobre a representação através da linguagem no momento da escritura, torna-se o cerne do trabalho poético. A multiplicidade de sentidos emerge também como um funcionamento do discurso poético, tocando, assim, o silêncio fundante, que, ao mesmo tempo em que evidencia uma incompletude da linguagem, traz à cena a movência dos sentidos. Na poesia da brasileira Ana Cristina Cesar há uma incessante reflexão sobre a linguagem, sendo ela trabalhada em suas (im)possibilidades. A incompletude da linguagem é percebida na obra dessa autora e, assim, apresentam-se, em seus poemas, formas que atestam essa incompletude e o movimento dos sentidos. No presente trabalho, pretendemos observar os processos discursivos que ocorrem quando o sujeito se indaga sobre o estatuto da linguagem e dos sentidos, sob o viés da análise do discurso de linha francesa.
Palavras-chave: Discurso poético. Ana Cristina Cesar. Silêncio. Análise do discurso de linha francesa.
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642 0 bytes Universidade Católica de Pelotas |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
De Meninos a "Homens": Possibilidade de Leituras da Infância em Conversa de Bois, Campo Geral e MUtu |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
SIRINO, Salete Paulina Machado
Esta pesquisa, de caráter analítico e bibliográfico, tem como foco a temática da infância e objetiva apontar algumas possibilidades de leitura do conto Conversa de Bois, que integra o livro Sagarana, e da novela Campo Geral/Miguilim, que integra a obra Corpo de baile, de João Guimarães Rosa, bem como da transposição fílmica de Campo Geral para o filme Mutum (2007), de Sandra Kogut. Portanto, a presente dissertação atém-se à práxis da leitura literária, articulada às teorias sobre a recepção de textos literários de Hans Robert Jauss, Wolfgang Iser, Vincent Jouve, Umberto Eco e Mikhail Bakhtin, à leitura analítica interpretativa dos referidos textos rosianos. E, ainda, a pesquisa visa o estudo do conceito sociológico de infância, advindo da tradição europeia, respaldada nos autores Elizabeth Badinter e Philippe Ariès, e no contexto cultural brasileiro em Gilberto Freyre, e ainda, analisa-se o rito precoce de passagem de menino a “homem” de Tiãozinho e Miguilim – personagens de Guimarães Rosa –, tendo por base os pressupostos teóricos de Mircea Eliade.
Palavras-Chave: Infância. Leitura Literária. Literatura e Cinema.
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1952 0 bytes UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paran http:// |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
De práticas sociais a gêneros do discurso : uma proposta para o ensino de português para falantes de |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
QIAORONG, Yan
Este trabalho tem como objetivo colocar em prática a noção bakhtiniana de gênero do discurso em materiais didáticos para o ensino de português para falantes de outras línguas. É apresentada a situação de ensino de português na China, no intuito de descrever o contexto da presente proposta de ensino. A seguir, é discutida a proposta de diferentes autores, do uso de gêneros do discurso como unidade de ensino em currículos de línguas e em materiais didáticos. Visando a um ensino que crie oportunidades para que o aluno se envolva em diferentes esferas de comunicação e práticas sociais, é feita uma proposta de seqüência didática a partir de tema de interesse (moradia) de alunos chineses, quando de sua estada em Porto Alegre. É elaborada uma unidade de ensino, organizada por alguns gêneros do discurso relacionados ao eixo temático selecionado, explicitando os objetivos e as orientações para o desenvolvimento de cada atividade. A unidade de ensino “Procurando um apartamento em Porto Alegre” foi elaborada a partir de textos autênticos que fazem parte de diferentes práticas sociais do contexto específico “alugar um imóvel” (anúncios classificados, contrato e depoimentos sobre moradia). Foi desenvolvida para alunos de nível básico-intermediário, prevendo 4 aulas de 100 minutos. A unidade foi testada com um grupo de 24 alunos, na Universidade de Comunicação da China, com a finalidade de verificar a aplicabilidade do material produzido. A análise dos resultados permite afirmar que é possível colocar em prática uma proposta de ensino de língua estrangeira, através de gêneros do discurso, de uma forma sistemática e gradual. Uma seqüência didática que tem como ponto de partida a contextualização do uso da língua através de diferentes gêneros do discurso estimula os alunos a participarem, oferecendo oportunidades de envolvimento e aprendizagem de novas práticas sociais, relevantes para as suas vidas pessoais e profissionais. Este trabalho busca contribuir na elaboração de materiais didáticos, na proposição de metodologias de ensino de línguas, na organização de currículos de línguas baseados em gêneros do discurso e para o ensino de português para falantes de outras línguas.
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861 0 bytes Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://www.lume.ufrgs.br |
Categoria: Língua Portuguesa Dissertações |
De riograndense a gaúcho : o triunfo do avesso : um processo de representação regional na literatur |
Versão: Atualização: 26/3/2012 |
Descrição:
GOMES, Carla Renata Antunes de Souza
Este estudo quer, através do cruzamento de várias manifestações literárias sobre o Rio Grande do Sul do século XIX, acompanhar o percurso dos termos “riograndense” e “gaúcho”, principalmente, na Literatura regional e de viagem, buscando observar as alternâncias de sentido nas formas de designar o habitante do Rio Grande do Sul, iniciado em 1847 com José Antonio do Vale Caldre e Fião e o romance “A Divina Pastora”, que inaugura o gênero regionalista, estendendo-se até “O vaqueano”, de 1872, além de outros contos de Apolinário Porto Alegre. Assim, o problema central desta pesquisa foi descobrir quando e porquê o ser social “riograndense” assimila e é convertido no ser cultural denominado “gaúcho” e que circunstâncias históricas contribuem para essa transformação, que intenções contribuíram para a construção da imagem do gaúcho tal como a conhecemos hoje e como esta fabricação foi iniciada e se perpetuou ao longo da história. Tendo em vista que o capital cultural dos rio-grandenses é fruto de uma construção histórica, assentada em guerras e lutas que não foram fabricadas, nem imaginadas pelos homens das “belas letras”, foram, sim, representadas em prosa e verso, reconstituídas e embelezadas, recontadas à sua maneira, no firme propósito de perpetuação de uma memória, o que, sem embargo, exige um perseverante culto ao passado por meio de uma sempre seletiva memória histórica, pois se à historiografia cabe evidenciar e trazer à tona determinados fatos, também não é menos verdadeiro que quem a escreve também pode calar quando for conveniente. Considerando, portanto, que na Província do Rio Grande de São Pedro, o século XIX viera e se fora sob o signo da guerra, onde sob constante fogo cruzado se estabeleceram os parâmetros identitários dos rio-grandenses, e que nestas lutas alguns deles entraram como “monarcas” e “gaúchos”, outros se enfrentaram como “luso-brasileiros” e “hispano-platinos” e entre uns e outros surgiram os “gaúchos brasileiros”. E constatando ainda que a Literatura do período tratará com igual fervor este estado de permanente atuação militar, em que restará consagrada pela pena dos autores, a grande revolução de 1835, mas sem embargo da autoridade histórica deste fato, não foram de menos importância as inúmeras guerras de manutenção das fronteiras, assim como a Guerra do Paraguai (1865 a 1870) e, ainda, a Federalista (1893 a 1895), que constituíram os momentos mais tensos do processo de afirmação política nacional e regional, registrando na memória coletiva sul-riograndense o cheiro de pólvora e sangue que permeou um século de história do extremo sul do Brasil. De modo que a História forneceu os subsídios necessários à fabricação do estilo riograndense de ser e à Literatura coube forjar um caráter, um comportamento e um nome, num processo contínuo de construção cultural, que aderiu de tal modo ao imaginário social, que hoje é praticamente impensável outra denominação aos habitantes do Rio Grande do Sul, que não seja a de gaúchos, e que, todavia, não são caricaturas nem de guascas da cidade, nem de janotas do campo.
Palavras-chave: Historia do Rio Grande do Sul. História e literatura. Identidade regional.
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1840 0 bytes http://www.lume.ufrgs.br |
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