Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
O limite espacial urbano: marginalidade e exclusão em contos de Dalton Trevisan e de João Antônio |
Versão: PDF Atualização: 15/2/2017 |
Descrição:
MILAN, Cléia Garcia da Cruz.
Esta pesquisa tem como proposta analisar a constituição do espaço urbano em alguns contos de Dalton Trevisan e de João Antônio, investigando a marginalização e a exclusão das personagens. Em Dalton Trevisan o espaço percorrido pelas personagens são ambientes domésticos que compreendem um universo de exclusão, enquanto que em João Antônio o espaço urbano das ruas é onde as personagens atuam e tentam resolver os seus problemas, enquanto caminham, igualmente excluídas e marginalizadas. Para isso, escolhemos como corpus para análise da tese cinco contos de cada autor: “Que fim levou o vampiro de Curitiba”, “O vampiro de Curitiba”, “Debaixo da Ponte Preta”, “Menino caçando passarinho”, “Clínica de repouso” e “Uma Negrinha acenando”, de Dalton Trevisan; “Lapa acordada para morrer”, “Abraçado ao meu rancor”, “Maria de Jesus de Souza”, “Meninão do caixote”, “Guardador”, “Retalhos de fome numa tarde de G.C.”, de João Antônio. Os contos foram divididos por temática para que pudéssemos realizar a análise comparativa entre os autores. Assim, temas como a melancolia, o rancor, a exploração sexual e o crime hediondo, o olhar do menino, a velhice e a prostituição na adolescência perpassam os contos dos dois autores. Além disso, as personagens que compõem as narrativas selecionadas sofrem mediante as condições do espaço urbano que habitam e também por falta de estrutura física, emocional e financeira para enfrentar situações que as levam para a miséria e violência urbana. Nesse sentido, o espaço urbano se configura em uma estratégia narrativa tanto para Dalton Trevisan quanto para João Antônio.
Palavras-chave: Dalton Trevisan. João Antônio. Espaço urbano. Marginalização.
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A Poética de Eugênio de Andrade: Figurações do Espaço |
Versão: PDF Atualização: 26/4/2018 |
Descrição:
RODRIGUEIRO, Amanda Aparecida
A poesia de Eugênio de Andrade (1923-2005) revela a busca constante da (re)construção humana no espaço poemático. Esse espaço suscita não só uma experiência representativa da própria construção da linguagem poética, mas, sobretudo, possibilita reflexões acerca da subjetividade e da identidade humanas. Deste ponto de vista, discute-se como o espaço e a paisagem compostos pelos elementos naturais terra, água, ar e fogo, identificados nos poemas de Eugênio de Andrade, corporificam o homem integrado à natureza espacial, revivificada pela e na linguagem poética. A reflexão sobre questões subjetivas ligadas às imagens espaciais presentes nos poemas eugenianos, embasa-se em teorias sobre o espaço poético, conforme as considerações de Bachelard, Blanchot, Santos e Oliveira, entre outros autores, que avaliam o espaço e a paisagem como formas efetivas de revelação lírica. O corpus selecionado refere-se ao último decênio da produção poética de Andrade (de 1992 a 2001). Esta escolha se justifica pela menor quantidade de estudos tanto em Portugal quanto no Brasil, por completarem a pesquisa iniciada no mestrado e, principalmente, por evidenciarem a busca cada vez mais constante da palavra adâmica e configuradora do ser. São as obras: Rente ao dizer (1992), Ofício de paciência (1994), O sal da língua (1995), Pequeno formato (1997), Os lugares do lume (1998) e Os sulcos da sede (2001). De caráter bibliográfico, o trabalho desenvolve-se, metodologicamente, a partir de pesquisas, leituras e resenhas de textos teóricos, críticos e analíticos, voltados ao poeta e sua produção, à teorização do espaço, à busca da palavra reveladora do ser e à reconfiguração do homem nesse espaço. A tese visa contribuir aos estudos, divulgação e à fortuna crítica da obra poética de Eugênio de Andrade.
Palavras-chave: Eugênio de Andrade. Poesia e espaço. Espaço e paisagem literária.
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Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Educação, história e imagens de D.Sebastião: a construção de um ideal laico e cristão |
Versão: PDF Atualização: 15/2/2017 |
Descrição:
RUBIM, Sandra Regina Franchi.
Essa pesquisa tem por objetivo refletir como nas imagens de D. Sebastião, rei português do século XVI, está representado o ideal de um rei laico e, ao mesmo tempo, cristão. De nosso ponto de vista, um elemento importante para a realização desse intuito era a educação, que também se fazia pela imagem. Percebemos que as imagens e a literatura tinham fins pedagógicos e evidenciavam a indissolúvel relação entre os projetos de formação da pessoa e os da política. Entendemos que a linguagem imagética oportunizava a formação de uma mentalidade coletiva de novos conceitos, bem como valores morais, sociais e políticos, necessários ao momento. Dessa perspectiva, o recorte temporal de estudo abarca o período que vai do nascimento à morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, ou seja, desde 1554 a 1578. Selecionamos, assim, do universo simbólico do Portugal moderno, algumas imagens de representação social desse monarca, as quais, incentivadas pela Igreja e pelo Estado monárquico, povoaram e firmaram raízes no imaginário coletivo. Analisamos a imagem desse rei como representação do cristianismo e da constituição do Estado português e, portanto, como representação do ideal de governante entre o medievo e a modernidade. Nesse momento de crise política que exigia que o Estado fosse organizado com base em um ideário de rei, disseminou-se a crença mítica de que um rei iria governar como cavaleiro-cruzado, tornando possível a continuidade da Dinastia de Avis. A análise da relação entre educação, arte e imagem é apresentada em cinco seções. Na primeira, a introdução, apresentamos a estrutura geral da pesquisa. Na segunda, analisamos a relação da linguagem imagética com a educação e discorremos também sobre nossos pressupostos teóricos: a história das mentalidades, as representações coletivas e o simbólico, a história de longa duração e os métodos iconográfico e iconológico de apreciação imagética. Com base em uma formulação conceitual e histórica, na terceira seção, abordamos como se deu a constituição do Estado Moderno luso nos fins da Idade Média, procurando perceber a influência da conjuntura econômica, política, religiosa na formação intelectual de D. Sebastião. A quarta seção é dedicada à análise específica da seleção de imagens de D. Sebastião. Procuramos analisar a função educativa que perpassava a veiculação dessas imagens e a possibilidade de construção de um modelo ideal de rei. Na quinta seção tecemos as considerações finais. A abordagem metodológica é a da História Social e a da História da Educação, as quais oferecem a oportunidade de compreendermos as produções humanas, em especial a linguagem imagética e a educação, como resultantes das múltiplas vinculações articuladas pelas relações sociais em sua totalidade. Consideramos, desse modo, que a análise da imagem, como uma das formas de expressão do homem, permite-nos compreender como se construíam as relações e, por conseguinte, as práticas formativas.
Palavras-chave: Educação; História da Educação; Estado Moderno Português; Linguagem Imagética.
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Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Literatura infanto-juvenil e política educacional: estratégias de racialização no programa... |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
ARAUJO, Débora Cristina
O presente estudo investigou a maior política educacional de distribuição de livros a bibliotecas das escolas públicas brasileiras, o Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE), com o objetivo de interpretar como as relações internas dentro das instituições que gestam e executam o Programa podem estar influenciando a composição dos seus acervos, no que se refere à diversidade étnico-racial e à qualidade literária. A literatura infanto-juvenil foi o principal gênero literário considerado na análise do PNBE por representar a maioria das obras dos acervos. Neste sentido, a pergunta de partida que mobilizou a pesquisa foi assim definida: é possível identificar, no PNBE, estratégias de racialização operando para estabelecer relações hierárquicas do ponto de vista da diversidade étnico-racial? Utilizando um conceito restrito de diversidade étnico-racial (relações negras/os-brancas/os), o presente estudo estabeleceu-se sobre três eixos: PNBE, discursos e racialização. As instituições do Ministério da Educação (MEC) envolvidas na análise foram a Secretaria de Educação Básica (por meio da Coordenação-Geral de Materiais Didáticos) e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, bem como a Instituição de Ensino Superior responsável pela avaliação pedagógica do PNBE. Foram utilizados como instrumentos de análise documentos oficiais, estudos acadêmicos, questionário, entrevista e comunicações virtuais. Fundamentada em teorias e perspectivas dos estudos críticos sobre o racismo, esta pesquisa uniu-se a teóricas/os que vêm evidenciando o quanto e como o racismo institucional tem operado em políticas educacionais, cerceando a potencialização de tais políticas no sentido de cumprirem os preceitos legais de uma efetiva educação das Relações Étnico-Raciais. No tocante à trajetória de personagens negras na literatura infanto-juvenil, apenas nas últimas décadas, sobretudo a partir dos anos 2000, é que características mais positivas passaram a ser identificadas nas obras, embora tenha predominado ainda a sub-representação, levando à categorização de um “otimismo parcimonioso”. No tocante aos estudos sobre o PNBE, a maior parte das pesquisas analisadas não conseguiu inserir o eixo raça como categoria analítica, revelando facetas das dificuldades/resistências da inclusão de outros eixos de desigualdade para além do econômico como fator negativo em uma política educacional. A produção dos editais do PNBE em várias de suas versões demonstrou o quanto as concepções de literatura e diversidade são dúbias, contraditórias e fragmentadas. Tal contexto requereu da pesquisa um aprofundamento sobre características que concorrem no que seria a melhor definição de “qualidade literária”, evidenciando o caráter político presente na disputa entre um e outro modelo de literatura. A racialização atuou por meio de várias estratégias, em especial a dissimulação, o silêncio e a legitimação, manifestados em ações e em discursos das pessoas representantes das instituições, bem como em documentos oficiais do MEC. As interpretações do estudo fomentaram, ao seu término, a possibilidade de indicação de sugestões de mudanças para a melhoria desta política educacional tão importante para a formação de leitoras/es e fomento à leitura nas escolas públicas brasileiras.
Palavras-chave: Programa Nacional de Biblioteca da Escola. Literatura infantojuvenil. Racialização. Discurso. Política educacional.
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5648 0 bytes Universidade Federal do Paraná |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Orações complexas da Língua Kaingang |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
TABOSA, Luciana Pereira
Esta tese descreve as orações complexas da língua kaingang com base nos pressupostos teóricos da Linguística Descritiva e Funcional. Tem como objetivos: abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações complexas do kaingang, com vistas a contribuir na elaboração de uma gramática pedagógica da língua; possibilitar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná; contribuir com os estudos comparativos das línguas da família linguística Jê e; descrever a estrutura das orações subordinadas – completivas, relativas e adverbiais – e das orações coordenadas, partindo da escala de integração gramatical proposta por Payne (1997). Além de Payne (1997), a análise embasouse nos pressupostos teóricos de Andrews (2007), Haspelmath (2007), Givón (1979, 2001), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) Noonan (1985, 2007), Santana (2010), Thompson, Longacre e Hwang (2007). Apresenta dados coletados com um informante professor bilíngue da Terra Indígena Apucaraninha (Tamarana – PR). Para coleta de dados utilizou-se questionários constituídos de orações, em português, com a estrutura do objeto de análise. Aponta como principais resultados: a) a língua diferencia a marcação de caso dos argumentos S, A e O nas orações principais e subordinadas, exibindo o sistema nominativo-acusativo nas orações principais e o sistema ergativo-absolutivo nas orações subordinadas. As orações coordenadas, assim como as orações simples da língua, exibem o sistema nominativoacusativo; b) há semelhanças na estrutura das orações subordinadas completivas e relativas: em ambas as construções, a oração subordinada ocorre como uma oração encaixada na posição de um argumento da oração principal; c) as orações completivas e relativas não apresentam uma marca morfológica na oração subordinada, de maneira que a subordinação dessas orações à oração principal se dá em termos semânticos; d) constatou-se cinco tipos de orações subordinadas adverbiais: temporais, locativas, condicionais, finais e causais; e) nas orações adverbiais, há o emprego de conjunções e advérbios; f) constatou-se quatro tipos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva, adversativa e conclusiva; g) a língua permite a coordenação de sintagmas e orações por meio de conjunções, advérbios e indicadores de opinião que funcionam como coordenadores, segundo Haspelmath (2007).
Palavras-chave: Kaingang. Descrição. Orações complexas.
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846 0 bytes Universidade Estadual de Londrina |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
A cidade nas crônicas de Antônio Maria |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
ANTONIO, Luciano
O escritor pernambucano Antônio Maria ainda ocupa uma posição menor na cronística brasileira, mesmo tendo publicado mais de três mil crônicas nos principais jornais cariocas na década de 1950-1960. Entre as várias temáticas do autor, o olhar para a cidade do Rio de Janeiro ganha destaque. Nessas crônicas, Maria, às vezes, se coloca como um turista que “passeia” pela cidade, em outras, aponta aspectos do cotidiano e, nos plantões na delegacia de Copacabana, escreve pelo viés do repórter policial. A partir da análise desses três aspectos dentro da temática urbana, verificamos o modo como as diferentes imagens da cidade revelam também o estilo do escritor, a sua contribuição para o perfil híbrido da crônica brasileira e também o papel da mídia na configuração deste gênero literário. Observamos ainda como a vida pessoal e profissional podem ser reconfiguradas na escrita de suas crônicas que abordam o espaço. A leitura dos textos e o cotejo com a sua biografia, incluindo o seu diário íntimo, sugerem também os caminhos tomados pelo escritor na ficcionalização dos aspectos de sua intimidade na produção de seus textos. Por fim, mais do que tratar as imagens do Rio de Janeiro na obra de Antônio Maria, apontamos os elementos que conferem às crônicas maior densidade literária, atentando, especialmente para duas características primordiais da sua escrita: o humor irônico e a capacidade de tornar o assunto leve, instigante, desviando-se de soluções fáceis ou de qualquer pensamento dogmático.
Palavras-chave: Crônica. Rio de Janeiro. Antônio Maria.
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10843 0 bytes Universidade Estadual de Londrina |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Crenças e atitudes linguísticas: aspectos da realidade na tríplice fronteira |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
SABADIN, Marlene Neri
A tese “Crenças e atitudes linguísticas: aspectos da realidade na Tríplice Fronteira” insere-se no conjunto de pesquisas de cunho sociolinguístico e dialetológico sobre crenças e atitudes linguísticas nos três municípios fronteiriços: Foz do Iguaçu, no Paraná (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). A escolha da região se dá pela complexidade sociolinguística marcada pelo espaço multiétnico da Tríplice Fronteira, onde se fazem presentes núcleos de imigração de alemães, poloneses, italianos, ucranianos, libaneses, árabes, argentinos, paraguaios, chineses e coreanos, entre outros. Para a composição do corpus foram entrevistados vinte e quatro informantes radicados há mais de vinte anos em cada uma das comunidades investigadas, distribuídos quanto ao grau de escolaridade, em dois grupos: universitários e não universitários. Conforme pesquisas da área da Sociolinguística e da Dialetologia, a língua falada em contexto de fronteira reflete as particularidades sociais, regionais, culturais e históricas de cada localidade. Sendo assim, a Tríplice Fronteira, por ser local de encontro de muitas culturas, despertou o interesse em verificar os fatores de variação linguística decorrentes da crença e das atitudes linguísticas nas línguas em contato nessa área de fronteira. Como espaço de contato de línguas, analisam-se, nesta tese, as crenças e atitudes linguísticas dos falantes e os usos linguísticos na fronteira, espaço plurilíngue, compartilhado por práticas resultantes de seu cruzamento.
PALAVRAS-CHAVE: Atitudes. Contato linguístico. Crenças. Variação.
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6512 0 bytes Universidade Federal da Bahia |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
A Recepção de Machado de Assis por jovens do século XXI / Pedro Egidio Warken. |
Versão: PDF Atualização: 15/2/2017 |
Descrição:
WARKEN, Pedro Egidio
A recepção de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis (1839-1908), por 107 alunos do 2º ano do ensino médio, em quatro colégios estaduais e um particular no município de Londrina –PR, coletada por meio de entrevistas individuais e coletivas, constitui o tema central desta pesquisa. Assim, O objeto deste estudo não é o texto de Machado de Assis propriamente dito, mas a sua recepção pelo aluno leitor. O trabalho toma a estética da recepção da escola alemã de Constança como referencial teórico básico da pesquisa, além de se valer complementarmente de estudos do campo da sociologia da leitura e da literatura afinados com essa corrente teórica. Os principais objetivos desta investigação são o de descrever e analisar a recepção dos dois romances de Machado de Assis –de estrutura bem diferente –pelo conjunto de estudantes observado. Conceitos fundamentais da Estética da Recepção estão na base deste estudo: concretização, distância estética, efeito/recepção, emancipação, estrutura de apelo, experiência estética, horizonte de expectativas e identificação, entre outros. Procura-se examinar a leitura das obras pelos alunos considerando a atenção que voltam à linguagem das obras a elementos estruturantes da narrativa (enredo, personagens, tempo, espaço, narrador, questões de verossimilhança) mediante os quais os leitores demonstram as suas impressões e seu julgamento crítico das obras. A análise dos dados confirma uma hipótese importante levantada antes das entrevistas, realizadas em situação escolar não rotineira –a de que a motivação para a leitura de uma obra literária é um dado fundamental a se considerar. Além disso, foi possível observar leituras bem particulares próprias da fase de um jovem leitor sem grande repertório literário, em que se destacam dificuldades enfrentadas no âmbito da linguagem, da compreensão do contexto da história e do modo como se apresentam os elementos narrativos e descritivos. Por fim, sobressai o fato de que as atitudes das personagens despertam diferentes disposições no leitor que responde de acordo com seus valores e sua visão de mundo.
Palavras-chave: Machado de Assis. Dom Casmurro. Memórias póstumas de Brás Cubas. Recepção. Leitura. Formação do leitor. Literatura e ensino.
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Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
A Poesia Infantil Brasileira: Recorrência de Temas e Formas |
Versão: PDF Atualização: 8/6/2017 |
Descrição:
MOCCI, Márcia Hávila
O presente estudo propõe-se a investigar o acervo de poesia infantil brasileira dos séculos XX e início do século XXI, assim como realizar uma análise das obras mais significativas e relevantes destinadas ao público infantil. A investigação dos temas e formas recorrentes foram a tônica do estudo e permitiram traçar um panorama geral das tendências temáticas e formais da poesia infantil brasileira. A tese abarca estudos teóricos sobre a literatura infantil brasileira, sobre as especificidades do gênero poético e, principalmente, sobre as características inerentes à poesia para crianças. Para tanto, foram consultados alguns estudos de Octavio Paz, Hugo Friedrich, Johan Huizinga, Wolfgang Iser, Hans Robert Jauss, Regina Zilberman, Maria da Glória Bordini e Glória Maria Pondé, entre outros. O corpus da tese é composto pelas obras de vinte e cinco autores e pela análise de poemas que compõem e exemplificam os principais temas e formas pesquisados e recorrentes na poesia infantil contemporânea. A análise dos poemas baseia-se nas teorias do texto poético e prioriza a investigação da forma como os mesmos contribuem para o desenvolvimento intelectual, emocional e criativo da criança, assim como para a formação de leitores críticos e reflexivos. Após os estudos realizados verifica-se que a poesia infantil brasileira experimenta formas inovadoras que acompanham as tendências atuais, como os poemas configurados em classificados de jornal, a poesia concreta, a poesia visual e os haicais. A linguagem torna-se, ao mesmo tempo poética e coloquial, metafórica e próxima da oralidade, com expressões que refletem as características do psiquismo infantil em desenvolvimento. No que tange à temática, a maioria das obras dedicadas à infância, neste levantamento, é composta por poemas com temas referentes aos animais, à natureza, ao universo infantil e ao folclore revisitado. Com relação à produção, constata-se que a maior parte dos poetas analisados iniciou suas obras de poesia infantil nas últimas décadas do século XX continuando a produção pelo século XXI adentro; os dados revelam um aumento significativo do gênero poesia infantil a partir da década de 2000. Ao final do estudo, disponibiliza-se uma antologia de poemas dos autores pesquisados, agrupados a partir dos temas e formas recorrentes na poesia infantil brasileira.
Palavras-chave: Poesia infantil brasileira. Poemas. Criança. Formação do leitor.
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