Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Crenças e atitudes linguísticas: aspectos da realidade na tríplice fronteira |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
SABADIN, Marlene Neri
A tese “Crenças e atitudes linguísticas: aspectos da realidade na Tríplice Fronteira” insere-se no conjunto de pesquisas de cunho sociolinguístico e dialetológico sobre crenças e atitudes linguísticas nos três municípios fronteiriços: Foz do Iguaçu, no Paraná (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). A escolha da região se dá pela complexidade sociolinguística marcada pelo espaço multiétnico da Tríplice Fronteira, onde se fazem presentes núcleos de imigração de alemães, poloneses, italianos, ucranianos, libaneses, árabes, argentinos, paraguaios, chineses e coreanos, entre outros. Para a composição do corpus foram entrevistados vinte e quatro informantes radicados há mais de vinte anos em cada uma das comunidades investigadas, distribuídos quanto ao grau de escolaridade, em dois grupos: universitários e não universitários. Conforme pesquisas da área da Sociolinguística e da Dialetologia, a língua falada em contexto de fronteira reflete as particularidades sociais, regionais, culturais e históricas de cada localidade. Sendo assim, a Tríplice Fronteira, por ser local de encontro de muitas culturas, despertou o interesse em verificar os fatores de variação linguística decorrentes da crença e das atitudes linguísticas nas línguas em contato nessa área de fronteira. Como espaço de contato de línguas, analisam-se, nesta tese, as crenças e atitudes linguísticas dos falantes e os usos linguísticos na fronteira, espaço plurilíngue, compartilhado por práticas resultantes de seu cruzamento.
PALAVRAS-CHAVE: Atitudes. Contato linguístico. Crenças. Variação.
|
6444 0 bytes Universidade Federal da Bahia |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
A cidade nas crônicas de Antônio Maria |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
ANTONIO, Luciano
O escritor pernambucano Antônio Maria ainda ocupa uma posição menor na cronística brasileira, mesmo tendo publicado mais de três mil crônicas nos principais jornais cariocas na década de 1950-1960. Entre as várias temáticas do autor, o olhar para a cidade do Rio de Janeiro ganha destaque. Nessas crônicas, Maria, às vezes, se coloca como um turista que “passeia” pela cidade, em outras, aponta aspectos do cotidiano e, nos plantões na delegacia de Copacabana, escreve pelo viés do repórter policial. A partir da análise desses três aspectos dentro da temática urbana, verificamos o modo como as diferentes imagens da cidade revelam também o estilo do escritor, a sua contribuição para o perfil híbrido da crônica brasileira e também o papel da mídia na configuração deste gênero literário. Observamos ainda como a vida pessoal e profissional podem ser reconfiguradas na escrita de suas crônicas que abordam o espaço. A leitura dos textos e o cotejo com a sua biografia, incluindo o seu diário íntimo, sugerem também os caminhos tomados pelo escritor na ficcionalização dos aspectos de sua intimidade na produção de seus textos. Por fim, mais do que tratar as imagens do Rio de Janeiro na obra de Antônio Maria, apontamos os elementos que conferem às crônicas maior densidade literária, atentando, especialmente para duas características primordiais da sua escrita: o humor irônico e a capacidade de tornar o assunto leve, instigante, desviando-se de soluções fáceis ou de qualquer pensamento dogmático.
Palavras-chave: Crônica. Rio de Janeiro. Antônio Maria.
|
10351 0 bytes Universidade Estadual de Londrina |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Orações complexas da Língua Kaingang |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
TABOSA, Luciana Pereira
Esta tese descreve as orações complexas da língua kaingang com base nos pressupostos teóricos da Linguística Descritiva e Funcional. Tem como objetivos: abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações complexas do kaingang, com vistas a contribuir na elaboração de uma gramática pedagógica da língua; possibilitar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná; contribuir com os estudos comparativos das línguas da família linguística Jê e; descrever a estrutura das orações subordinadas – completivas, relativas e adverbiais – e das orações coordenadas, partindo da escala de integração gramatical proposta por Payne (1997). Além de Payne (1997), a análise embasouse nos pressupostos teóricos de Andrews (2007), Haspelmath (2007), Givón (1979, 2001), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) Noonan (1985, 2007), Santana (2010), Thompson, Longacre e Hwang (2007). Apresenta dados coletados com um informante professor bilíngue da Terra Indígena Apucaraninha (Tamarana – PR). Para coleta de dados utilizou-se questionários constituídos de orações, em português, com a estrutura do objeto de análise. Aponta como principais resultados: a) a língua diferencia a marcação de caso dos argumentos S, A e O nas orações principais e subordinadas, exibindo o sistema nominativo-acusativo nas orações principais e o sistema ergativo-absolutivo nas orações subordinadas. As orações coordenadas, assim como as orações simples da língua, exibem o sistema nominativoacusativo; b) há semelhanças na estrutura das orações subordinadas completivas e relativas: em ambas as construções, a oração subordinada ocorre como uma oração encaixada na posição de um argumento da oração principal; c) as orações completivas e relativas não apresentam uma marca morfológica na oração subordinada, de maneira que a subordinação dessas orações à oração principal se dá em termos semânticos; d) constatou-se cinco tipos de orações subordinadas adverbiais: temporais, locativas, condicionais, finais e causais; e) nas orações adverbiais, há o emprego de conjunções e advérbios; f) constatou-se quatro tipos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva, adversativa e conclusiva; g) a língua permite a coordenação de sintagmas e orações por meio de conjunções, advérbios e indicadores de opinião que funcionam como coordenadores, segundo Haspelmath (2007).
Palavras-chave: Kaingang. Descrição. Orações complexas.
|
803 0 bytes Universidade Estadual de Londrina |
Categoria: Língua Portuguesa Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Literatura infanto-juvenil e política educacional: estratégias de racialização no programa... |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
ARAUJO, Débora Cristina
O presente estudo investigou a maior política educacional de distribuição de livros a bibliotecas das escolas públicas brasileiras, o Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE), com o objetivo de interpretar como as relações internas dentro das instituições que gestam e executam o Programa podem estar influenciando a composição dos seus acervos, no que se refere à diversidade étnico-racial e à qualidade literária. A literatura infanto-juvenil foi o principal gênero literário considerado na análise do PNBE por representar a maioria das obras dos acervos. Neste sentido, a pergunta de partida que mobilizou a pesquisa foi assim definida: é possível identificar, no PNBE, estratégias de racialização operando para estabelecer relações hierárquicas do ponto de vista da diversidade étnico-racial? Utilizando um conceito restrito de diversidade étnico-racial (relações negras/os-brancas/os), o presente estudo estabeleceu-se sobre três eixos: PNBE, discursos e racialização. As instituições do Ministério da Educação (MEC) envolvidas na análise foram a Secretaria de Educação Básica (por meio da Coordenação-Geral de Materiais Didáticos) e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, bem como a Instituição de Ensino Superior responsável pela avaliação pedagógica do PNBE. Foram utilizados como instrumentos de análise documentos oficiais, estudos acadêmicos, questionário, entrevista e comunicações virtuais. Fundamentada em teorias e perspectivas dos estudos críticos sobre o racismo, esta pesquisa uniu-se a teóricas/os que vêm evidenciando o quanto e como o racismo institucional tem operado em políticas educacionais, cerceando a potencialização de tais políticas no sentido de cumprirem os preceitos legais de uma efetiva educação das Relações Étnico-Raciais. No tocante à trajetória de personagens negras na literatura infanto-juvenil, apenas nas últimas décadas, sobretudo a partir dos anos 2000, é que características mais positivas passaram a ser identificadas nas obras, embora tenha predominado ainda a sub-representação, levando à categorização de um “otimismo parcimonioso”. No tocante aos estudos sobre o PNBE, a maior parte das pesquisas analisadas não conseguiu inserir o eixo raça como categoria analítica, revelando facetas das dificuldades/resistências da inclusão de outros eixos de desigualdade para além do econômico como fator negativo em uma política educacional. A produção dos editais do PNBE em várias de suas versões demonstrou o quanto as concepções de literatura e diversidade são dúbias, contraditórias e fragmentadas. Tal contexto requereu da pesquisa um aprofundamento sobre características que concorrem no que seria a melhor definição de “qualidade literária”, evidenciando o caráter político presente na disputa entre um e outro modelo de literatura. A racialização atuou por meio de várias estratégias, em especial a dissimulação, o silêncio e a legitimação, manifestados em ações e em discursos das pessoas representantes das instituições, bem como em documentos oficiais do MEC. As interpretações do estudo fomentaram, ao seu término, a possibilidade de indicação de sugestões de mudanças para a melhoria desta política educacional tão importante para a formação de leitoras/es e fomento à leitura nas escolas públicas brasileiras.
Palavras-chave: Programa Nacional de Biblioteca da Escola. Literatura infantojuvenil. Racialização. Discurso. Política educacional.
|
5574 0 bytes Universidade Federal do Paraná |
|