Descrição:
BORGES, Gabriela Lafetá
O presente estudo pretende expor a possibilidade mesma da moralidade, entre o fascínio e o fato, às voltas com a linguagem que, inevitavelmente, a configura e a põe à prova. Nos caminhos do filósofo Franco-Lituano, Emmanuel Lévinas (1906-1995), é proposto um confronto com a ontologia como resposta última à questão do ser – seu jogo temporal de devires e consumações como obra da verdade -, trazendo à tona, em seu lugar, a integridade do rosto como linguagem original: começo e fim de uma consideração extrema e de uma responsabilidade como convocação irredutível. É desse confronto com toda uma tradição na filosofia e num período da história que constrangeu drasticamente a expansão do homem, que Lévinas nega um conceito ao ‘homem’ para lançar-se à esfera do direito pela via ética. Do arrebatamento em ser nas mãos de um sujeito que diz “Eu”, Lévinas põe a questão do meu direito em ser, evocando, assim, a intriga filosófica por excelência e a vida mesma do espírito, qual seja, o acontecimento ético que coloca o Outro à cena do mundo.
Palavras-chave: Ética contemporânea. Ética do outro. Ontologia. Trauma.
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