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Fazer Download agora!Em páginas impressas e nas ondas do rádio: ações educativas para combater a tuberculose. curitiba, 1 Popular Versão: PDF
Atualização:  23/2/2016
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OLIVEIRA, Marinice Sant'ana de

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que durante a primeira metade do século XX era vista como problema crucial na saúde pública brasileira, estando entre as doenças que mais vítimas faziam nos principais centros urbanos, inclusive em Curitiba (capital do Paraná), não existindo ainda tratamento específico para sua cura, o que trazia consigo o medo da inevitabilidade da morte. Buscando contribuir com os estudos historiográficos de educação em saúde, o presente trabalho, inspirado em estudos de Roger Chartier (2001, 2002), investigou de que maneira médicos e imprensa procuraram ensinar (fazendo circular informações baseadas no saber científico) como se deveria evitar ou tratar esta doença em Curitiba no período de 1937 a 1952, anos que antecedem a possibilidade de cura da enfermidade através de tratamento medicamentoso, com a estreptomicina, e nos anos posteriores ao surgimento da droga, quando a gradativa difusão do uso do medicamento resultou na permanência e combinação do uso do remédio com ações profiláticas utilizadas antes de seu advento. As principais fontes selecionadas para responder tal questão foram um periódico médico-científico, Revista Médica do Paraná, órgão da Associação Médica do Paraná, que começou a circular em dezembro de 1931, e um periódico leigo, o jornal diário Gazeta do Povo, de grande circulação no período estudado. O recorte temporal do trabalho, 1937-1952, foi balizado pela Semana da Tuberculose, importante evento sobre a tísica organizado no período em Curitiba, e o desenvolvimento da hidrazida (isoniazida), em 1952, terceira droga de grande uso para tratamento da tuberculose que se somou a estreptomicina e ao ácido para-amino-salicílico, descoberto em 1946. Durante o período analisado a educação da população apareceu como elemento necessário para que a tuberculose fosse derrotada. Em fins dos anos de 1930 a educação para prevenção da tuberculose pautava-se, principalmente, em recomendações sobre higiene (individual e do ambiente), alimentação adequada e uma vida sem “excessos”. O tratamento se sustentava quase que exclusivamente no regime higiênico-dietético e na necessidade de isolamento do enfermo. Nos primeiros anos da década de 1940 informações sobre novos recursos preventivos e terapêuticos (exames torácicos, vacina BCG, pneumotorax, cirúrgias torácicas) foram, lenta e gradativamente, circulando entre a população curitibana, combinando antigas e novas recomendações. Em fins dos anos de 1940 e início de 1950 ocorre uma progressiva difusão do uso dos medicamentos, porém, os elementos preventivos e terapêuticos anteriores à existência do tratamento medicamentoso específico permanecem nos discursos médicos como imprescindíveis.


Palavras-chave: educação em saúde. tuberculose. ciência médica.

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